A energia geotérmica, um recurso inexplorado na indústria criptográfica, está sendo usada por El Salvador para extrair Bitcoin de forma limpa e ambientalmente segura.

El Salvador já minou o seu primeiro satoshis, a unidade de conta mais baixa de Bitcoin (BTC), usando energia geotérmica. Nayib Bukele, presidente de El Salvador, compartilhou recentemente parte das instalações de seu novo centro de mineração de bitcoin alimentado por energia geotérmica, proveniente de seus vulcões. Deste centro mineiro já conseguiram extrair o primeiro 0.00599179 BTC ou 599.179 satoshis, equivalente a cerca de 287 dólares americanos no momento da publicação.

BTC foram extraídos com energia de um vulcão pela primeira vez no país; um evento histórico para El Salvador. 

Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, o maior investidor institucional em Bitcoin com mais de 114.000 BTC em sua posse, aplaudiu a iniciativa de El Salvador. Saylor observou que o país centro-americano está convertendo energia térmica em energia digital, “que pode ser exportada para qualquer parte do mundo e armazenada sem perda de energia”. O engenheiro de mineração de criptografia Brandon Arvanaghi garantiu que o Bitcoin é “o maior acelerador do desenvolvimento de energia renovável da história”.

O centro de mineração de bitcoin em El Salvador ainda é um projeto em construção, mas já está dando frutos e mostrando ao mundo as oportunidades que a criptomoeda oferece sem afetar o meio ambiente. Bukele esclareceu que El Salvador, a primeira nação do mundo a fazer do Bitcoin sua moeda com curso legal, construirá um centro de mineração de criptografia 100% livre de carbono, que permitirá a extração de bitcoins de forma limpa, respeitosa e amigável ao meio ambiente. , além de facilitar a monetização dessa fonte de energia.

Embora a iniciativa de El Salvador tenha chamado a atenção de muitos, a Islândia é um dos primeiros países do mundo onde a energia geotérmica foi usada para extrair bitcoins na rede. 

Você pode estar interessado: El Salvador dá os primeiros passos em direção à mineração de Bitcoin com energia geotérmica

Mineração de Bitcoin em El Salvador

Conforme noticiado pela CNBC, Bukele esclareceu que a construção deste centro de mineração de bitcoin é apenas o começo de uma viagem inaugural rumo à extração da criptomoeda com energia de um vulcão. 

Bukele está trabalhando com uma equipe de especialistas e com a empresa estatal de eletricidade geotérmica de El Salvador, LaGeo SA, para impulsionar o futuro e o desenvolvimento da nação, que agora tem o Bitcoin como carro-chefe de uma era de mudança, progresso e revolução. 

Com a adoção da criptomoeda como moeda legal no país, El Salvador está motivando vários países da região a criar novos marcos regulatórios que permitam legalizar o uso e as atividades comerciais com criptomoedas e ativos digitais. Agora, com a construção de seu centro de mineração de Bitcoin com energia de vulcões, um recurso inexplorado até agora para esta indústria lucrativa, Bukele está mostrando ao mundo um novo caminho para sustentar a criptomoeda mais importante do mundo sem prejudicar o meio ambiente. 

Consumo de energia

O consumo de energia do Bitcoin, embora seja comprovadamente inferior a 0,1% de toda a energia consumida no mundo, tem despertado bastante polêmica. Comparado ao sistema bancário tradicional, o Bitcoin consome menos de 50% daquilo que os bancos e instituições financeiras exigem para manter os seus sistemas, escritórios e sedes operacionais.

Apesar do seu baixo consumo em comparação com outras indústrias, os mineiros da rede BTC têm estudado novas alternativas para reduzir o gasto energético da rede sem sacrificar a sua operacionalidade e segurança. Nos Estados Unidos e na Rússia, vários mineradores implementaram novas alternativas para aproveitar os excedentes da indústria de petróleo e gás, transformando-os em energia limpa para alimentar equipamentos de mineração de bitcoin. No Canadá, também foram implementadas alternativas ecologicamente corretas para suportar os sistemas de refrigeração dos equipamentos de criptomineração, garantindo seu funcionamento com baixo consumo e impacto. 

Da mesma forma, os fabricantes desses equipamentos de hardware estão criando dispositivos com maior eficiência energética e que garantem alto desempenho com baixo consumo. 

energia limpa

Tal como El Salvador, vários governos locais também têm incentivado a mineração de bitcoins e criptomoedas através de fontes de energia renováveis. Por exemplo, em Miami, o prefeito da cidade, Francis Suarez, está convocando os mineradores de BTC a operarem com energia nuclear, a baixo custo e livre de emissões de carbono. O mesmo acontece no estado de Wyoming, onde a senadora Cynthia Lummis está convidativo Mineiros BTC devem operar com energia limpa. 

Na América Latina, o deputado Carlos Rejala, do Paraguai, quer tornar o país líder na mineração de Bitcoin de forma sustentável e sustentável. Rejala apresentou um projeto de lei que, embora não dê status legal ao bitcoin no país como fez El Salvador, busca incentivar a mineração e promover o desenvolvimento financeiro e tecnológico e a inovação por meio de novas tecnologias. 

Outros países como Uruguai, Panamá e Brasil estão incentivando a aprovação de novas regulamentações que permitam a adoção em massa de criptomoedas. Até Cuba estabeleceu regulamentos para legalizar o uso e o comércio de ativos criptográficos dentro do seu território. 

Salários Bitcoin

Em outras notícias, a Assembleia Legislativa de El Salvador se pronunciou contra uma proposta para impedir o pagamento de salários em bitcoin. O deputado René Portillo pediu aos membros da Assembleia que emitisse um decreto especial para deixar claro que os salários dos salvadorenhos devem ser pagos apenas em dólares americanos e nunca em criptomoedas. No entanto, a sua proposta foi rejeitada pela maioria da Assembleia. 

Embora o uso de bitcoin no país seja totalmente opcional, como Bukele já destacou diversas vezes, assim como já disse que os salários são pagos em dólares, a empresa Athena oferece aos funcionários a possibilidade de receberem seus salários em bitcoins. O site da empresa mostra que os empregadores podem oferecer a criptomoeda como opção de pagamento para seus funcionários, que pode escolher se deseja ou não receber um percentual do seu salário em BTC através da Chivo Wallet.

Até o momento, a Chivo Wallet, a carteira de bitcoin desenvolvida pelo estado, tem mais de 2,7 milhões de usuários ativos e gerencia quase US$ 1 milhão em bitcoins por meio de remessas. 

Continue lendo: Bitcoin se torna a moeda nativa da rede social Twitter