Durante as últimas semanas, membros da Duma Estatal Russa debateram a legislação sobre criptomoedas deste país. As alterações a esta legislação representam o quadro jurídico para a criação de um intercâmbio nacional na Rússia, que primeiro seria apresentado ao Banco Central.
Membros da Duma russa têm estado a debater alterações à legislação de criptomoeda do país. Estes apresentam o quadro jurídico para a criação de uma bolsa nacional, que seria primeiro apresentado ao Banco Central. A ideia de criar uma bolsa nacional russa foi apresentada pela primeira vez em junho pelo chefe do Comitê do Mercado Financeiro da Duma, Anatoly Aksakov, que avaliou a possibilidade de criar uma bolsa nacional que seria implementada diretamente na Bolsa de Valores de Moscou.
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Além disso, as autoridades russas explicam que o principal problema com as criptomoedas é que elas “circulam fora da regulamentação estatal” e que “não adianta negar a sua existência porque bilhões de rublos em receitas fiscais poderiam reforçar os orçamentos federais”.
Em setembro a Bolsa de Valores de Moscou elaborou um projeto de lei em conjunto com o Banco Central com o qual procurou permitir a negociação de ativos financeiros digitais como medida de combate às sanções internacionais e no início de novembro foi apresentado o projeto de lei que legaliza a mineração de criptomoedas e a venda de moedas minadas. Esta medida visa uma plataforma nacional de mineração e venda de criptomoedas, mas também pode ser interessante para mineradores privados.
Da mesma forma, após estes anúncios e notícias, Vladimir Putin criticou fortemente as sanções ocidentais, apelando à criação de um sistema de pagamentos, “independente de interferência estrangeira”, em suas próprias palavras.
Putin posicionou-se contra o que considera “o monopólio dos sistemas globais de pagamentos financeiros” no seu discurso na Conferência Internacional Al Journey em Moscovo, defendendo “uma rede de liquidação independente baseada na tecnologia Blockchain”.
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Além disso, ele afirmou que as redes blockchain e as moedas digitais podem servir “para a criação de um novo sistema de liquidação internacional, mais confortável e seguro, que não dependa de bancos ou da interferência de outros países”.
