O grande êxodo: 200.000 mil bitcoins saíram das exchanges nos últimos 30 dias

200.000 bitcoins saíram das exchanges nos últimos 30 dias

Novembro viu o maior êxodo de bitcoins das exchanges da história. 

Desde o último dia 7 de novembro, quando os rumores sobre a insolvência da FTX ganharam força, as exchanges de criptomoedas se despediram de cerca de 200.000 mil bitcoins, avaliados no momento em que este artigo foi escrito em mais de US$ 3.360 bilhões. 

Os investidores em Bitcoin têm transferido seus ativos de bolsas de criptomoedas para carteiras de autocustódia, em um movimento que o analista de criptomoedas e cofundador da Reflexivity Research, Will Clemente, chamou de “o grande êxodo”. 

Em sua conta no Twitter, Clemente compartilhou dados da plataforma de análise de blockchain Glassnode, onde é possível verificar que cerca de 200.000 mil bitcoins saíram das exchanges nos últimos 30 dias. 

Rumores sobre a falência da exchange FTX começaram a se espalhar no início de novembro, depois que um relatório de seu braço de investimentos Alameda Research vazou. A situação alertou muitos investidores, embora os saques de bitcoins nas exchanges tenham se intensificado em poucos dias, depois que a crise de liquidez da FTX foi confirmada e a empresa decidiu suspender os saques de seus clientes. 

Outros dados consultados na plataforma Coinglass mostram que a exchange de criptomoedas mais afetada pelo êxodo em massa de bitcoins nos últimos 30 dias foi a Coinbase, registrando uma saída de 128.500 bitcoins em novembro. 

Lucratividade da mineração de Bitcoin

O colapso da FTX afetou o preço do Bitcoin, impulsionando a tendência de queda da criptomoeda no mercado. Segundo o CoinMarketCap, nos últimos 30 dias o preço do Bitcoin perdeu cerca de 18% do seu valor, sendo negociado atualmente acima de US$ 16.800 por unidade. 

A tendência de baixa também afetou a lucratividade dos mineradores de Bitcoin, muitos dos quais foram forçados a ficar offline. A saída dos mineiros diminuiu a dificuldade de mineração de bitcoins do seu máximo histórico de 39,9 trilhões para 34,2 trilhões, atualmente. 

De acordo com Clemente, embora este tenha sido o maior ajuste de dificuldade para baixo do Bitcoin desde a proibição da mineração na China, o ponto positivo é que a queda na dificuldade está aliviando marginalmente a pressão para os mineradores de Bitcoin que permanecem online na rede blockchain.

A taxa de hash do Bitcoin, o poder computacional da rede blockchain, está acima 288,90 exahashes por segundo (EH/s), no momento da redação deste artigo.

Por outro lado, a queda do preço do Bitcoin beneficiou os pequenos investidores desta criptomoeda. Conforme noticiou este meio no início do mês, os investidores com menos de 1 bitcoin (<1 BTC) acumularam mais de 1,21 milhão de bitcoins, o que representa cerca de 6,3% da oferta circulante de BTC no mercado atualmente. 

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