Bitcoin lidera, mas Ethereum e altcoins ganham espaço nos tesouros corporativos

Bitcoin lidera, mas Ethereum e altcoins ganham espaço nos tesouros corporativos

O Bitcoin continua sendo o principal ativo nos cofres corporativos, mas o Ethereum e outras altcoins estão ganhando terreno, diversificando estratégias financeiras corporativas e redefinindo a gestão de caixa.

As criptomoedas se tornaram uma componente estratégico dentro das tesourarias corporativas. O Bitcoin, em particular, consolidou-se como o pioneiro indiscutível nessa transformação, posicionando-se como o principal ativo digital nas reservas de inúmeras empresas. caráter deflacionário e resistência à inflação tradicional fizeram com que muitas empresas o vissem como um paraíso financeiro inovador e disruptivo.

Mas o cenário não se limita apenas ao Bitcoin. O Ethereum e outras altcoins estão começando a desempenhar um papel cada vez mais importante, proporcionando diversidade e flexibilidade para carteiras corporativas. Essas moedas digitais não apenas oferecem novas maneiras de alocar capital, mas também refletem uma mudança profunda na forma como as empresas entendem e gerenciam seus ativos. 

Hoje, a integração de criptomoedas em títulos do tesouro não parece ser uma moda passageira, mas sim uma evolução natural impulsionada pela tecnologia e pela necessidade de adaptação a uma economia global em constante mudança.

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Bitcoin como pilar da tesouraria corporativa

Desde 2020, a Strategy se posicionou como pioneira na incorporação do Bitcoin como principal ativo de reserva do tesouro. 

De acordo com dados do Bitcoin Treasuries, a empresa mantém uma posição de liderança com aproximadamente 601.550 bitcoins, avaliado em mais de US$ 71.000 bilhões. Além disso, o custo médio de aquisição por unidade, de acordo com os dados analisados, chega a cerca de US$ 71.268 por BTC.

Posições atuais da Strategy em Bitcoin.
fonte: Tesouros Bitcoin

O investimento da Strategy em Bitcoin gerou um retorno aproximado de 68%, considerando o preço atual da criptomoeda em torno de US$ 119.000. Além disso, suas ações apresentaram desempenho superior ao da criptomoeda, subindo 46% desde janeiro de 2025 e acumulando um crescimento de mais de 3.000% desde o lançamento da Strategy para Bitcoin. A abordagem da Strategy serviu de referência para outras empresas interessadas em incorporar ativos digitais em seus balanços.

Empresas que seguem o modelo e diversificam seu portfólio de criptomoedas

O sucesso da estratégia gerou um efeito de imitação entre as empresas que consideram incorporar criptomoedas em suas carteiras de tesouraria. A Metaplanet, uma empresa japonesa, acumulou quase 16.000 bitcoins desde abril de 2024, alcançando uma valorização de mais de 4.000% no valor de suas ações, também impulsionada pelos benefícios fiscais da oferta de exposição ao Bitcoin por meio de suas ações. 

Essas histórias de sucesso da Strategy e da Metaplanet criaram um efeito dominó, com diversas empresas considerando seriamente aderir a essa tendência. No entanto, o momento da entrada é importante, pelo menos para diversos especialistas que consideram exemplos como a GameStop, que decidiu entrar no mercado de criptomoedas meses depois, em maio deste ano, após uma rodada de financiamento de US$ 2.250 bilhões destinada ao Bitcoin. Apesar do forte investimento, suas ações sofreram considerável volatilidade, refletindo os desafios enfrentados por aqueles que entram nesse segmento posteriormente.

De modo geral, as empresas que anteciparam o potencial das criptomoedas e mantiveram uma estratégia consistente e bem definida obtiveram retornos significativamente melhores do que aquelas que entraram mais tarde, onde a incerteza e a volatilidade ainda desempenham um papel significativo.

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A consolidação do Ethereum e outras altcoins na gestão financeira

Embora o Bitcoin continue sendo a criptomoeda predominante nas estratégias de tesouraria de criptomoedas, o Ethereum consolidou um papel significativo entre os ativos escolhidos para reservas corporativas. Isso é indicado por dados da plataforma Strategic ETH Reserve, onde a SharpLink Gaming (SBET), empresa de tecnologia, mantém a liderança com mais de 280.000 ETH, avaliados em mais de US$ 1.000 bilhão. 

Participações em Ethereum (ETH) por empresas públicas hoje.
fonte: Reserva Estratégica de ETH

As ações da SharpLink Gaming tiveram uma valorização extraordinária de quase 900% após o anúncio de suas novas compras de ETH. Além disso, a empresa informou no final de junho que estava investindo 100% de seus ativos em Ethereum, uma estratégia usada para "gerar valor a longo prazo para nossos acionistas", de acordo com Joseph Lubin, presidente do conselho da SharpLink, cofundador da Ethereum e cofundador e CEO da Consensys.

Por outro lado, a BitMine Immersion Technologies também decidiu investir em Ethereum, refletindo essa mesma tendência de diversificação de sua carteira. A empresa atualmente detém entre 40% e 50% de sua carteira em Ether e viu suas ações valorizarem mais de 1.300% desde o lançamento dessa estratégia de investimento em criptomoedas.

Essa estratégia de diversificação também se estende a outras criptomoedas. Empresas como a SRM Entertainment investem em TRX, enquanto outras incorporaram BNB, Hyperliquid, Litecoin e até Bittensor às suas reservas, demonstrando crescente confiança e experimentação com diversas alternativas digitais.

Uma mudança na gestão de caixa corporativa

A incorporação de criptomoedas aos fundos de investimento corporativos representa uma mudança conceitual na forma como as empresas gerenciam seus ativos líquidos. A digitalização financeira e a busca por alternativas aos instrumentos tradicionais estão impulsionando essa transição. 

A implementação destas estratégias abre novas oportunidades de alocação de capital, permitindo simultaneamente às empresas oferecer aos seus accionistas uma exposição indireta ao comportamento dos ativos digitais, sem a necessidade de possuí-los diretamente.

Para especialistas, essa diversificação e a crescente adoção pelo mundo corporativo sugerem que o Bitcoin, embora ainda seja a referência, não é mais a única opção no universo cripto para estratégias financeiras. O Ethereum e outras altcoins estão expandindo as possibilidades e trazendo variedade aos portfólios de reservas digitais. 

A evolução dessas práticas continuará a marcar um terreno cada vez mais profissionalizado e sistemático na interação entre empresas e ativos digitais, consolidando as criptomoedas como um componente-chave na gestão financeira moderna.

Em última análise, a inclusão do Ethereum e das altcoins nas tesourarias corporativas complementa o domínio do Bitcoin, refletindo maior sofisticação e diversificação na adoção de criptomoedas pelos principais players econômicos. Esse fenômeno transforma o cenário financeiro tradicional, impulsionando estratégias de tesouraria mais integradas e dinâmicas.

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