
A Volcano Energy espera operar uma capacidade energética de 20.000 megawatts (MW) no futuro.
El Salvador é um dos países com maior potencial para a geração de energia verde. Segundo estatísticas da Associação Salvadorenha de Industriais (ASI), em 2022, o 70% da capacidade energética instalada do país foi coberta por energias renováveis.
A competitividade e os recursos naturais que El Salvador oferece para produzir energia renovável é o que impulsiona um grupo de empresários a minerar bitcoins de forma sustentável e com menor custo no país.
Por isso, está sendo instalada em El Salvador uma fazenda de mineração de Bitcoin que, no futuro, espera se tornar a maior do mundo. Com um investimento de US$ 1.000 bilhão de dólares, esta fazenda de mineração de Bitcoin aproveitará todo o potencial de energia renovável existente no país para operar até 20.000 mil megawatts (MW) de potência.
A construção da nova fazenda para mineração de Bitcoin verde é realizada pela empresa Volcano Energy, que conta com o apoio do governo nacional e é apoiada por empresas do setor de criptografia, como a Tether Limited.
Seu presidente, Max Keiser, disse Diário de el salvador que a fazenda será alimentada por um parque de geração de energia renovável, cuja capacidade de geração de energia será dividida em fases, começando com 241 megawatts de potência e aumentando gradativamente até a meta de 20.000 mil megawatts. Este parque estará localizado no município de Metapán, escolhido pelo seu abundante potencial energético solar e eólico. Também será constituído por energia vulcânica, comentou o empresário.
Mineração sustentável de Bitcoin em El Salvador
Os planos da Volcano Energy de construir uma mega fazenda para extrair bitcoins de forma verde no país se estendem até 2028, quando a capacidade energética das instalações que estão sendo construídas pela empresa estiverem 100% operacionais.
Segundo o empresário, a capacidade de geração de energia renovável da Volcano Energy na sua primeira fase será dividida entre 169 MW de energia solar fotovoltaica e 72 MW de energia eólica, num total de 241 MW de capacidade de energia verde. O resto do objectivo de 20.000 mil MW será ampliado à medida que for desenvolvida a infra-estrutura de extracção de energia geotérmica, o que demorará cerca de cinco anos, explicou.
Segundo Keiser, El Salvador quer “monetizar a expansão em direção à base de mineração geotérmica de Bitcoin”. Ele também comentou que a construção desta mega fazenda de mineração criptográfica destaca o compromisso que El Salvador tem de aproveitar o poder do Bitcoin para se tornar um importante centro de mineração global e estar livre de dívidas até 2030.
Suporte para a maior criptomoeda do mundo
Nayib Bukele, presidente de El Salvador, posicionou o país como uma das nações mais importantes para o ecossistema Bitcoin, não apenas por ser o primeiro no mundo a declarar curso legal do BTC, mas também por meio do investimento em criptomoeda em nível governamental, a criação dos chamados títulos Volcano, o desenho de uma cidade Bitcoin e a instalação de um escritório nacional para direcionar novas políticas favoráveis ao desenvolvimento e inovação da criptomoeda.
El Salvador também possui um data center, chamado LaGeo SA, a partir do qual o governo do país promove a mineração sustentável de bitcoins com energia de vulcões ou energia geotérmica.
Mas, além do investimento e da mineração sustentáveis de Bitcoin, El Salvador também está incentivando o desenvolvimento de infraestrutura de código aberto de Bitcoin. No início deste mês, o país iniciou um programa de treinamento intensivo denominado CUBO +, voltado para jovens estudantes que desejam se formar como desenvolvedores de software Bitcoin e sua camada de pagamentos, a Lightning Network.
CUBO+ começou na semana passada com 21 estudantes que se tornarão a primeira geração de desenvolvedores oficiais de Bitcoin e Lightning Network de El Salvador.
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