O desenvolvimento e a emissão de uma moeda digital CBDC estão se tornando mais importantes a cada dia nas nações do mundo. Agora, o gigante sul-americano, o Brasil, anunciou que entrará na corrida global para criar um CBDC para sua moeda nacional.
O Ministério da Economia do Brasil confirmado recentemente, durante cerimônia, que o país sul-americano emitirá uma moeda digital do Banco Central (CBDC) para sua moeda nacional, o real brasileiro. O anúncio do Ministério ocorre após o governo e o Banco Central do país autorizarem a realização de inúmeros estudos e análises para entender as implicações e examinar os benefícios da emissão de uma moeda digital no país, para os quais o Ministro da Economia do país recentemente, Paulo Guades, confirmou a criação de um CBDC brasileiro.
No passado, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou que a entidade pretendia avançar para a modernização do seu sistema financeiro e para a criação de uma moeda digital, embora até o momento não tenha sido confirmado se o Brasil entraria definitivamente nesta inovação. Agora, com o recente anúncio do Ministério da Economia, a nação confirma seu compromisso com o desenvolvimento de uma moeda digital para o real brasileiro, que poderá estar disponível até 2022, segundo declarações de Guades durante a cerimônia de abertura da Marca. Poupança Social Digital 100 Milhões no CAIXA TEM.
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Necessidade de um novo sistema de pagamentos no Brasil
No início de setembro, o presidente do Banco Central do Brasil afirmou que o país precisa otimizar seu atual sistema de pagamentos e evoluir para um sistema totalmente aberto, eficiente e interoperável que lhe permita melhorar seus serviços e oferecer melhor qualidade e atendimento aos seus usuários. Campos Neto afirmou diversas vezes que o Brasil deve caminhar na modernização do seu sistema financeiro e de pagamentos, e caminhar para a criação de uma moeda digital, que permita à nação permanecer na vanguarda do desenvolvimento tecnológico atual, e estar preparada para defender e salvaguardar a sua política monetária e soberania contra o desenvolvimento de outras moedas digitais por empresas privadas e outros governos.
“Para ter uma moeda digital, é necessário um sistema de pagamento instantâneo que seja eficiente e interoperável; um sistema aberto, onde a concorrência pode ser criada; e uma moeda que tenha credibilidade, que seja conversível e internacional. Depois disso, acho que você tem todos os ingredientes para ter uma moeda digital. Acreditamos que o teremos em 2022.”
O presidente do Banco do Brasil deu especial ênfase ao fato de que a nação deve ter “um sistema aberto”, que garanta a competitividade do país em nível global. Ele também destacou a necessidade de criar uma moeda digital segura e com credibilidade. que é conversível e internacional. Segundo suas declarações, Campos Neto destaca que reunidas todas essas condições, o Brasil terá todos os ingredientes necessários para o desenvolvimento e emissão de uma moeda digital, afirmando que 2022 poderá ser o ano da emissão da nova moeda.
Criação de um real brasileiro digital
No início de agosto, o Brasil aprovou a criação de um grupo de estudos do Banco Central para avaliar o desenvolvimento e a emissão de moeda digital, considerando que as moedas digitais serão “o futuro do sistema financeiro”. Este grupo de estudos é responsável por avançar na investigação sobre as vantagens e benefícios, implicações, riscos e impacto político, social e jurídico do lançamento de uma moeda digital.
Inovações tecnológicas em sistemas de pagamento
O Brasil está promovendo um novo sistema de pagamentos instantâneos, que permitirá aos seus clientes e usuários usufruir de transações que são confirmadas em menos de 10 segundos, e que podem ser realizadas através de smartphones e caixas eletrônicos. O novo sistema, denominado Plano Brasileiro de Pagamento Instantâneo (PIX), estará disponível a partir deste mês para facilitar as transações entre usuários e empresas do país. Da mesma forma, o país comemorou a criação de seu primeiro banco digital baseado em tecnologia blockchain, Banco Z.ro, que permite aos usuários realizar transações e trocas de moeda fiduciária e criptomoedas por meio de chats e aplicativos móveis como o Telegram.
O CEO deste banco digital, Edísio Pereira Neto, afirmou que o Z.ro Bank é uma entidade bancária digital e inovadora, que se torna a primeira do país a aceitar bitcoins (BTC) para aquisição de produtos e pagamento de serviços; além de permitir transações internacionais que integrem moedas fiduciárias, como o dólar e o euro, com moedas digitais, como criptomoedas e CBDCs. Pereira Neto destacou que esta entidade nasceu para atender às necessidades de comércio e troca entre moedas tradicionais e moedas digitais, como as previstas para serem lançadas por nações como China, Japão e Estados Unidos, e empresas privadas como o Facebook.
Com essas inovações, e como parte do grupo de países BRICS, o Brasil está promovendo a digitalização e transformação digital do seu sistema financeiro e a implementação de um novo marco regulatório que lhe permita controlar o uso de criptomoedas, a fim de garantir clareza jurídica , segurança e proteção para usuários de ativos digitais.
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