O Bank of America planeja lançar uma stablecoin lastreada em dólar

O Bank of America planeja lançar uma stablecoin lastreada em dólar

O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, discutiu os planos do banco de lançar sua própria stablecoin lastreada em dólar e comparou a moeda aos fundos do mercado monetário. Especialistas como Matt Hougan, da Bitwise, apontam os desafios de competir com líderes atuais como USDT e USDC.

Em um contexto em que as criptomoedas e as tecnologias blockchain continuam ganhando espaço no mundo financeiro, o Bank of America, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, manifestou interesse em entrar no mercado de stablecoins. 

Durante entrevista com David Rubenstein no Economic Club of Washington, Brian Moynihan, CEO da instituição, ressaltou que o banco está pronto para lançar uma stablecoin lastreada em dólar se a legislação permitir.

NEGOCIE COM STABLECOINS

Moynihan comparou essas moedas digitais a fundos do mercado monetário, devido à sua estabilidade e ao apoio em ativos fiduciários, embora tenha reconhecido que sua tecnologia subjacente as torna semelhantes a criptomoedas como o Bitcoin. Embora o banco tenha sido cauteloso até agora em sua abordagem ao mundo das criptomoedas, sinais recentes do governo de Donald Trump sobre uma estrutura regulatória mais favorável para esses ativos digitais podem acelerar seus planos.

Por outro lado, Matt Hougan, CEO da Bitwise Asset Management, observou que, embora o mercado de stablecoins esteja crescendo rapidamente, novos participantes no mundo TradFi, como o Bank of America, podem enfrentar forte concorrência pelo domínio do USDT e do USDC, as principais stablecoins atualmente.

Planos de stablecoin do Bank of America

A stablecoin que o Bank of America planeja lançar seria uma moeda digital apoiada pelo dólar americano, o que garantiria sua estabilidade em comparação a criptomoedas mais voláteis, como Bitcoin ou Ethereum. De acordo com a Fortune, Moynihan explicou que essa moeda digital não seria radicalmente diferente dos produtos financeiros tradicionais. Na verdade, durante o Entrevista, destacou que a stablecoin que ele planeja lançar Será semelhante a um fundo do mercado monetário com acesso à conta corrente ou a uma conta bancária., mas operado por meio da tecnologia blockchain. 

De acordo com Moynihan, essa combinação de estabilidade financeira e inovação tecnológica pode atrair tanto usuários institucionais quanto indivíduos que buscam aproveitar os benefícios das criptomoedas sem ficarem expostos à sua volatilidade.

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A emissão de uma stablecoin com essas características permitiria que as transações internacionais fossem realizadas de forma mais eficiente e segura, eliminando os problemas associados ao manuseio físico do dinheiro. 

Com sua expertise em tecnologia digital, o Bank of America pode se posicionar como um player importante nesse espaço, especialmente se a legislação dos EUA permitir.

O desafio de competir com gigantes como USDT e USDC

Matt Hougan, CEO da Bitwise Asset Management, observou que, embora o mercado de stablecoins esteja em constante crescimento, Novos participantes como o Bank of America enfrentarão uma concorrência acirrada. Atualmente, Tether (USDT) e Circle’s USD Coin (USDC) dominam o mercado, com uma capitalização de mercado combinada de quase US$ 200.000 bilhões. 

Por meio de uma postagem no X, Hougan enfatizou que as stablecoins desenvolvidas por empresas financeiras tradicionais poderia ter um “caminho mais difícil do que o esperado” para ganhar quota de mercado. Suas declarações sugerem que os investidores já estão bastante confortáveis ​​com USDT e USDC e só mudarão suas preferências se perceberem um valor agregado significativo.

No entanto, também é verdade que o Bank of America poderia alavancar sua reputação como uma instituição financeira sólida e confiável para atrair grandes empresas e governos. Sua experiência em pagamentos internacionais e serviços digitais também pode ser um fator-chave para se diferenciar de seus concorrentes.

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O impacto regulatório no futuro das stablecoins

O lançamento de uma stablecoin pelo Bank of America depende crucialmente da aprovação de legislação nos Estados Unidos. Nos últimos anos, os reguladores têm debatido como aproveitar os benefícios das stablecoins e, ao mesmo tempo, mitigar os riscos associados a esse tipo de ativo digital. 

Moynihan observou que a legislação atual está em processo de esclarecimento, especialmente sob o governo Trump, que demonstrou uma abordagem mais favorável às criptomoedas. Portanto, como temos informado Nesse sentido, o banco aguarda a aprovação de uma legislação mais aberta e favorável para atuar livremente nesse espaço.

Além disso, os avanços tecnológicos e a adoção institucional estão pressionando os reguladores a definir uma estrutura legal mais clara. Se isso acontecer, o mercado de stablecoins poderá se expandir significativamente, tornando-se um pilar fundamental para pagamentos digitais e transações internacionais.

Um passo estratégico para o Bank of America

Embora o Bank of America tenha sido mais cauteloso do que outros bancos, como o JPMorgan, sobre seu envolvimento no mundo das criptomoedas, essa mudança reflete sua estratégia de longo prazo para se adaptar às mudanças tecnológicas.

Moynihan mencionou que a maioria das transações já são digitais e que a adoção de tecnologias blockchain pode acelerar esse processo. Com uma stablecoin lastreada em dólar, o banco não apenas conseguiu reter seus clientes atuais, mas também atrair novos usuários que buscavam combinar segurança financeira com inovação tecnológica.

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O anúncio do Bank of America sobre seu interesse em lançar uma stablecoin lastreada em dólar reflete, portanto, uma mudança significativa na percepção das criptomoedas por instituições financeiras tradicionais. Embora o caminho para a adoção não seja isento de desafios, especialmente diante de concorrentes como USDT e USDC, a experiência e o apoio de um banco do porte do Bank of America podem fazer a diferença.

A aprovação de uma legislação norte-americana favorável à inovação de ativos digitais será fundamental para tornar esse projeto uma realidade, mas o que está claro é que as stablecoins estão definidas para desempenhar um papel cada vez mais importante no sistema financeiro global. 

O investimento em criptoativos não é totalmente regulamentado, pode não ser adequado para investidores de varejo devido à alta volatilidade e há risco de perder todos os valores investidos.