O Banco de Bogotá será o primeiro banco comercial da Colômbia a permitir que seus usuários realizem transações de valor com criptomoedas no próximo mês. 

Desde o início do ano, o Superintendência Financeira da Colômbia está promovendo uma área restrita regulatória para permitir que empresas de serviços financeiros de criptomoeda operem no país e estabeleçam novas alianças com bancos e instituições financeiras para o desenvolvimento desta indústria dentro de um ambiente regulamentado. Nesse sentido, a Superintendência aprovado o desenvolvimento de diversos projetos-piloto para facilitar transações e operações comerciais com criptomoedas e ativos digitais. 

Até o momento, vários bancos comerciais e até mesmo o Banco Central da Colômbia, Banco de la República, têm participado da sandbox regulatória conhecida como laArenera. 

Agora, o Banco de Bogotá, um dos maiores bancos comerciais da Colômbia e o mais antigo do país com mais de 150 anos de experiência, será o primeiro a permitir que seus clientes realizem transações de valor por meio de criptomoedas. 

A notícia foi anunciada por Alejandro Beltrán, gerente do Buda.com na Colômbia, em declarações para CoinDesk. Conforme relatado, o Banco de Bogotá permitirá que clientes selecionados enviem e retirem dinheiro (saque e saque) com criptomoedas por meio desta plataforma digital. 

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Na corrida da Arena

Em março, vários participantes da indústria cripto apresentaram suas propostas para entrar no sandbox regulatório patrocinado pelo governo colombiano, mas apenas 10 delas foram aprovadas. O Banco de Bogotá é uma das entidades bancárias que ingressou nos pilotos aprovados pela Superintendência Financeira da Colômbia, com planos de explorar e desenvolver um novo modelo de negócios associado a criptoativos.

As transações e operações comerciais com criptomoedas, conforme informou Beltrán, terão início no próximo mês de agosto, embora a entidade bancária ainda esteja avaliando os termos e condições a serem implementados para permitir que seus clientes selecionados realizem essas transações a partir dos canais habilitados pela entidade. 

A ideia do banco é aprofundar-se no ecossistema digital e nos ativos criptográficos, para entender como eles funcionam e contribuir para a nação na criação de regulamentação adequada para este mercado em rápido crescimento e adoção. 

A Colômbia é um dos países latinos com maior interesse e adoção de Bitcoin e criptomoedas, o que está a levar o governo e os bancos nacionais a explorar o espaço criptográfico para compreender as potenciais vantagens e benefícios que oferece e também os riscos associados. Por outro lado, o Banco de Bogotá, o mais antigo do país, tem mais de 19 milhão de usuários nacional e internacionalmente.  

Colômbia e criptomoedas

A Colômbia está dando grandes passos em direção à inovação e à transformação digital, por isso sua chegada ao mundo das criptomoedas era iminente. A participação na indústria criptográfica, e possivelmente a sua subsequente regulamentação no quadro jurídico e regulamentar colombiano, é essencial para incentivar a criação e o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros mais eficientes, transparentes, seguros e fiáveis. 

Através do sandbox regulatório, a Colômbia quer, entre outras coisas, explorar a rastreabilidade e a gestão de riscos usando inovações tecnológicas como criptomoedas e tecnologia blockchain, que também desempenha um papel muito importante no desenvolvimento do país. 

Na semana passada, o Banco de la República, o Banco Davivienda e o Grupo BID receberam aprovação da Superintendência Financeira para realizar a emissão do primeiro título real baseado na tecnologia blockchain da América Latina.

Da mesma forma, a Prefeitura de Bogotá está implementando blockchain para criar um novo sistema de gestão que permita combater a corrupção e o crime. O Blockchain também desempenha um papel importante no setor educacional, para certificar a legalidade dos diplomas universitários, entre outras coisas. 

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