A crise bancária em curso nos Estados Unidos está a impulsionar o preço do Bitcoin no mercado, com uma subida semanal de 34%.
O preço do Bitcoin atingiu um novo máximo em 2023, sendo negociado acima US$ 28.400 por BTC no momento em que escrevo este artigo.
Os dados consultados no CoinMarketCap, uma das plataformas de preços de criptomoedas mais referenciadas na indústria, mostram que Bitcoin subiu 34,61% semanalmente e 3,66% nas últimas horas. Uma das principais razões para esta subida de preços, segundo os analistas, são as medidas que a Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) tomou nos últimos dias para travar a crise bancária.
Na última sexta-feira, o banco americano Silicon Valley Bank declarou oficialmente falência. Além disso, o banco regional Signature Bank declarou falência. Para travar a crise e evitar o contágio, a FED ligou a sua impressora e injetou vários bilhões de dólares ao sistema bancário, segundo a Fortune.
Desde o encerramento dos bancos e as medidas implementadas pelo FED, o preço do Bitcoin subiu exponencialmente, atingindo o seu preço mais elevado desde junho de 2022.
Até agora neste ano, o preço do Bitcoin cresceu quase 69%, colocando a criptomoeda como o ativo de maior desempenho do mundo em 2023, segundo dados do Goldman Sachs.
Fonte: CoinMarketCap
A segunda criptomoeda mais capitalizada do setor, o Ethereum, também se beneficiou das medidas anunciadas pelo FED. De acordo com CoinMarketCap, Ethereum está sendo negociado acima de US$ 1.820, representando um aumento semanal no seu preço de 18%.
Outros criptoativos, como o BNB,
Bitcoin como proteção contra a inflação
De acordo com analistas da Bloomberg, as preocupações com a crise bancária em curso levaram os investidores a apreciar novamente o Bitcoin como uma proteção eficiente contra a inflação, apesar da volatilidade que o mercado criptográfico experimentou no ano passado que levou o preço do BTC a atingir US$ 15.000 dólares por unidade.
Por outro lado, os analistas do Morgan Stanley consideram que Bitcoin está em seu momento de “brilhar” como alternativa ao sistema financeiro atual. De acordo com o Yahoo Finance, a multinacional financeira destacou em relatório esta semana que Bitcoin foi criado para operar sem a necessidade de bancos, permitindo que os utilizadores tenham novamente controlo e poder sobre os seus próprios fundos e activos, bem como sobre a forma como são geridos.
Porém, embora o Bitcoin possa funcionar sem a necessidade de bancos ou outras instituições financeiras, o Morgan Stanley também ressalta que a criptomoeda não está completamente desvinculada do sistema bancário, razão pela qual atualmente se comporta como um ativo especulativo.
Mesmo assim, os bitcoiners e a comunidade criptográfica continuam otimistas devido ao fechamento altista da principal criptomoeda do mercado. Will Clemente, cofundador da Reflexivity Research, acredita que o Bitcoin se tornará a única “verdadeira alternativa” à medida que investidores e usuários acordarem para a ilusão manipulada que é o sistema financeiro atual.
O FED se reunirá na próxima quarta-feira para discutir novas medidas contra a inflação. Os analistas esperam que o regulador bancário mantenha os aumentos das taxas de juros em 25 pontos base.
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