Bitcoin perde suporte importante: seu preço cairá abaixo de US$ 100.000?

O preço do Bitcoin caiu abaixo de US$ 116.000, gerando sinais de alerta nos mercados. Traders e instituições estão recuando, enquanto as opções de venda apontam para uma possível correção em direção a US$ 80.000.

O Bitcoin rompeu um nível técnico crucial de US$ 116.000, gerando preocupação entre traders e investidores. Essa queda não representa apenas uma retração de preço, mas também reflete uma mudança de tom no mercado, onde a euforia de julho está começando a dar lugar a uma aumento da pressão descendente. 

As opções de venda estão disparando, os ETFs estão tendo saídas multimilionárias e o sentimento institucional está enfraquecendo, criando um cenário que pode levar a criptomoeda abaixo de US$ 100.000 antes do final do ano, de acordo com alguns especialistas.

Saídas de fundos institucionais e sinais de fraqueza dominam o mercado

A quebra do suporte do Bitcoin em US$ 116.000 coincidiu com uma retirada significativa de capital institucional. Os fundos negociados em bolsa (ETFs) vinculados ao Bitcoin tiveram quatro dias consecutivos de saídas líquidas, acumulando mais de um bilhão de dólares, como demonstra o dados Essa saída de fundos institucionais sugere que grandes participantes do mercado estão reduzindo a exposição, o que está enfraquecendo o suporte que impulsionou o Bitcoin ao seu pico. recorde histórico de US$ 123.091 em julho.

O enfraquecimento do interesse institucional no Bitcoin afeta não apenas a liquidez, mas também a confiança geral. Sem esse suporte, o preço do BTC enfrenta uma pressão de venda mais intensa. Decisões recentes do Federal Reserve, aliadas a sinais de desaceleração econômica, intensificaram a aversão a ativos de risco, impactando diretamente o Bitcoin e as criptomoedas.

Estratégias defensivas de mercado diante de uma possível queda profunda do Bitcoin

Os mercados de derivativos estão mostrando sinais claros de cautela quanto à possibilidade de o Bitcoin enfrentar uma queda mais acentuada. Houve um aumento significativo na demanda por opções de venda, conhecidas como puts, com preços de exercício próximos a níveis psicológicos importantes, como US$ 95.000, US$ 80.000 e pouco acima de US$ 100.000. Esse padrão reflete o fato de que muitos traders estão buscando se proteger contra uma possível retração, e que a barreira simbólica de US$ 100.000 é considerada vulnerável.

A recente queda no preço da principal criptomoeda levou a longas liquidações de um valor considerável, próximo a US$ 172 milhões de dólares, segundo dados da CoinGlass. Isso reforça a percepção de que o mercado está passando por uma fase corretiva mais ampla. 

Em nível técnico, o índice de força relativa (RSI) mostra divergências de baixa nos períodos semanal e mensal, um sinal que historicamente previu quedas significativas de preços. Por exemplo, o analista Michaël van de Poppe aponta que, se o Bitcoin não conseguir recuperar a faixa de US$ 116.000 em breve, poderá sofrer um declínio ainda maior. Ele até sugere que testar a resistência perto de US$ 115.000 costuma ser um indicativo de que o mercado está entrando em uma fase de consolidação. Nesse contexto, As altcoins podem aproveitar a oportunidade para recuperar o impulso e subir novamente.No entanto, se o preço do BTC perder o suporte de US$ 113.000, a perspectiva se tornaria mais negativa e o risco de novas mínimas aumentaria, indicando que a correção poderia continuar para níveis ainda mais baixos.

Em suma, o mercado está em estado de expectativa, com um claro aumento na proteção contra possíveis quedas, enquanto o limite de US$ 100.000 parece ser uma área-chave para definir a direção de curto prazo do Bitcoin. A combinação de fatores técnicos e atividade de derivativos cria uma perspectiva cautelosa, abrindo caminho para movimentos significativos caso esses suportes psicológicos sejam rompidos.

O mercado de criptomoedas enfrenta ventos econômicos e políticos

Os analistas da Glassnode observam que o sentimento do mercado mudou drasticamente. A euforia pós-ATH, ou seja, o que antes era euforia após atingir máximas históricas agora é percebido como cautela e preferência por proteger o capital. Essa mudança se deve em grande parte à política monetária mais restritiva nos Estados Unidos e à ameaça persistente de inflação, fatores que geralmente tornam ativos de risco como o Bitcoin menos atraentes.

Além disso, o contexto político acrescenta incerteza. As expectativas sobre as políticas do presidente Donald Trump geraram especulação, mas também medo. Esse contexto mostra um mercado oscilando entre a esperança e a cautela, buscando sinais claros para decidir se é hora de manter a posição ou proteger os lucros. A volatilidade do Bitcoin não reflete apenas fatores econômicos globais, mas também a sensibilidade a movimentos políticos e influências externas que podem abalar a confiança do mercado.

O que esperar nos próximos meses?

Embora o panorama atual seja desafiador, o Bitcoin demonstrou resiliência em ciclos anteriores. Sua natureza descentralizada e sua crescente adoção como reserva de valor podem oferecer oportunidades de recuperação caso o ambiente macroeconômico melhore.

No entanto, no curto prazo, a cautela parece ser a melhor estratégia. Indicadores técnicos, desempenho de derivativos e retiradas institucionais sugerem que o preço da criptomoeda pode continuar a cair. Se o nível de US$ 100.000 for rompido significativamente, a próxima meta de queda situa-se em torno de US$ 80.000, uma área já considerada por traders profissionais.

Para aqueles que acompanham de perto a evolução do preço do Bitcoin, será crucial monitorar os fluxos de capital, a atividade do mercado de derivativos e as decisões de política monetária. Esses fatores determinarão se a criptomoeda líder de mercado se estabilizará ou, ao contrário, entrará em uma fase de correção mais profunda.

O investimento em criptoativos não é totalmente regulamentado, pode não ser adequado para investidores de varejo devido à alta volatilidade e há risco de perder todos os valores investidos.